Microsoft pode demitir Steve Ballmer
domingo, 14 de fevereiro de 2010
A cada dia que passa a vontade dos acionistas da Microsoft de “chutar” o Steve Ballmer aumenta. Muitos deles acham que, durante a sua gestão, a empresa perdeu oportunidades e se tornou menos inovadora.
Com isso há quem aposte que a cabeça de Ballmer vai rolar. Essa ideia começou a ganhar força depois que a revista americana Newsweek a incluiu entre suas previsões para 2010.
Ballmer completou, em Janeiro, 10 anos como principal executivo da empresa, e em um balanço desses 10 anos de reinado várias razões que podem levar a tal opção da empresa foram relevadas. Algumas contras, outras a favor.
Contra Ballmer
- A cotação das ações da Microsoft caiu 50% durante esses 10 anos. Um resultado que atinge os acionistas onde eles são mais sensíveis: no bolso;
- A empresa gastou tempo e energia demais desenvolvendo o Windows Vista – que não agradou nenhum usuário – e consertando o estrago depois com o Windows 7;
- A Microsoft perdeu para o Google na disputa pelo mercado de buscas online e anúncios associados a elas. A compra do Yahoo! não aconteceu. E, o Bing, embora ganhe participação no mercado, ainda não é lucrativo muito menos amplamente usado – pelo menos o quanto os acionistas queriam;
- A Apple ganhou a briga na área de venda de música online, com o iTunes, e de MP3 players, com o iPod. A linha Microsoft Zune nunca chegou a ameaçar o domínio da da maçã.
- No mercado de celulares, o Windows Mobile que já chegou a ter mais de 30% de participação despencou para cerca de 7%. Adivinha pra quem? Seu maior rival: Google, com o Android;
A favor de Ballmer
- O faturamento da empresa quase triplicou nesse período, indo de 23 para 58 bilhões de dólares anuais. A empresa avançou muito na área de software corporativo e se deu razoavelmente bem no mercado de jogos com o Xbox. E o Windows 7 foi, sem sombra de dúvidas, um sucesso. Em um trimestre a empresa vendeu 60 milhões de licenças do sistema operacional;
- Ballmer tem personalidade forte e se sai muito bem nos jogos de poder que caracterizam as grandes empresas;
- O executivo foi escolhido pessoalmente por Bill Gates para ser seu sucessor. Se Gates, fundador e maior acionista da Microsoft, resolver demiti-lo, terá de encontrar uma saída diplomática que não comprometa a sua imagem e a de Ballmer;
- Não há ninguém com força suficiente para substituí-lo, essa talvez seja a barreira mais importante. O primeiro escalão da Microsoft é formado por nomes pouco expressivos. Ray Ozzie, o criador do Lotus Notes, parecia ser um candidato anos atrás, quando assumiu o posto que já foi de Bill Gates, de arquiteto chefe de software. Mas sua atuação na Microsoft tem sido tímida.
Prós e contras, a Microsoft ainda é a maior no ramo de softwares. Apesar de existirem vários motivos contra Steve, ele ainda continua lá. Algumas pessoas irão adorar a saida de Steve Ballmer, outros não.
No fim, tudo ainda é apenas mais um rumor, forte, por sinal.
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